O BEIJO

Antídoto beijo sublime com dom,

Degustado nas bocas divinas,

Suavizou o puro vinho rascante,

Rasgando uma sã ideologia.

Pernas roçavam os vales carnudos,

Na mão que o límpido riacho fluía,

Atrás a montanha sagrava

Um corpo meigo sentia.

A dúvida tornou-se constante

Diante da bela adormecida,

A mão perdida deslizava,

A outra achava a vida.

Restando apenas aguardar

De quem acordada dormia,

No sono profundo meditava

Desejando ser atendida:

No toque, no beijo e na fala,

No riacho do vale seguida,

Outro momento acordada,

Do sonho retribuir-me.

#euclides033e

Euclides José da Silva
Enviado por Euclides José da Silva em 06/06/2011
Reeditado em 12/06/2021
Código do texto: T3017816
Classificação de conteúdo: seguro