AMOR SOLITÁRIO

Minha mão flutua sobre teu corpo

como um passarinho a procura de repouso,

meus lábios anseiam os teus

assim como a flor anseia a carícia do vento.

A escuridão presa no quarto

ameaça romper as paredes

para alongar a noite.

Tremores – o sangue

Gemidos – a alma

Mas teu corpo indiferente,

enrigicido pelo sono

esmaga sobre os lençois

meus anseios de homem.

E eis que as paredes se rompem

e me vejo perdido no meio de uma noite

que parece nunca acabar.

henrique ponttopidan
Enviado por henrique ponttopidan em 07/06/2011
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