Ele Tem Amor

Se ser poesia fosse belo como

Alguém que serena os quatro

Elementos do mundo nascente,

Enquanto a luz do sol beija em

Silêncio toda a beleza melancólica

Dum escrito que boceja madrugada

A dentro, pedindo mais um motivo

Para mais um café seguido dum cigarro...

Se ser poesia fosse deixar

Mil motivos vagos para que os

Olhos de quem lê, achem um

Terço ou um quarto, mesmo cheirando a

Nicotina misturada aos motivos

Da ardência dos olhos,

Para estes seres faiscantes,

Pelo menos uma vez na

Claridade do que entenderam,

Dissessem: Que merda!

Se ser poesia fosse ver descer

Sobre a terra, das amplidões do

Universo infinito, uma inspiração

Toda convincente ao ponto de

Fazer qualquer mortal soltar

O sal dos olhos seguros e

Chorar todas as vírgulas

Que ele mal sabe usar

Para deixa-lo convencido

De que encontrou um erro!

Daí a algum tempo, pode admirar

A existência dum elemento alfabético

Que cobre toda folha...

Está dado os primeiros passos

No beco escuro onde não sou

Eu que caminha,

O motivo para dizerem:

Este sim tem amor!

Pergentino Júnior
Enviado por Pergentino Júnior em 08/06/2011
Reeditado em 16/02/2017
Código do texto: T3021027
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