CHOREI...
Fiz-me infinita
na finita espera...
Peito aflito
pulsando contrito.
Os pensamentos voejam
pelo túnel do passado,
sem entender
do presente o porquê...
Em meu rosto exposto
a face do desgosto,
imersas emoções
no coração, sequelas
da vida em mazelas.
O breu é maior que a estesia...
Corpo ofegante, arfante,
à espera do fatal instante
da partida anunciada.
Chorei,
com a noite que se aconchegou
e em seus braços me abandonei...
Chorei...
Pois nem assim minha estrela brilhou
e a espera se fez
em matizes desbotados,
nos tons destoados
de um adeus.
Chorei...
A tristeza adentrou,
se aportou,
tingindo a alma
que também chorou...
14/08/2006