TEUS OLHOS

Quando olhei em seus olhos, descobri a verdade.

E que a saudade estaria sempre comigo

Pois bem mais que um amigo queria te amar.

Quando descobri teus olhos,

Descobri que viveria por eles

E somente sem eles então morreria

A chama da vida que em mim ardia

Nas noites frias sem se apagar.

Em seus doces olhos, viajei na brisa

Mergulhei nos mares, cavalguei colinas

Nas terras distantes de um olhar profundo

Quisera ali eu poder repousar.

Faria de tudo pra não deixá-lo ir.

Pois se estiver feliz, foi porque assim quis

A dona de tão belos olhos

Se estiver triste, amargura existe, e ainda insiste

Em manchar a pureza, doce e sincera beleza

Desse olhar sem par.

Quando doente, seu olhar me fará contente.

Quando ansioso, ele me trará conforto.

Quando tolo, faço-me corajoso

E intrépido a plenos pulmões grito:

“Sei que não o mereço, mesmo assim resisto”

Relutante em ter que perdê-lo

Pois quem ama sabe o esmero

Que se tem com o que se há de amar.

E os outros só me olham torto,

Tal qual fossem injúrias de um louco,

Tudo o que reivindico e afirmo

Pertencerem somente áquele olhar.

Não negues, apenas observa,

Lá vem a jovem que em si conserva

Oculta, secreta, jóia tão bela

Onde quis Deus que além das palavras

Apenas um simples olhar seu bastava

Para o que mil versos ainda hão falar.