De todas formas de amar.

Das tantas formas de amar

apenas uma tem mais sabor.

São tantos jeitos de arder o sangue,

são tantos seios pra sugar com ardor,

são tantos barcos que levarão ao mesmo cais.

Das tantas formas de amar

apenas uma tem trincheiras caladas,

as mesmas que afronham nas madrugadas,

as mesmas que se escondem nas beiradas,

as mesmas,

Das tantas formas de amar

somente uma chega ao topo sem desfolegar,

a mesma que teima em dedilhar de dó a Sol,

a mesma que insiste em desfraldar a si própria,

a mesma.

Das muitas formas de amar

a mais erecta é a que aceita o outro com suas rachaduras, tantas,

a que se curva diante do outro mesmo com todas trilhas gritando contra,

a que aceita o outro como é, mesmo que seja preciso chicotear a própria alma sem parar.

Das infinitas formas de amar

somente vai sobreviver aquela que souber rir de si própria,

que souber entender que pode-se gostar sem se espelhar,

que souber reconhecer que pra viver em paz éw preciso despir as lajes do orgulho, mesmo que pra isso seja necessário esqueartejar o que pensava ser o certo, e isso dói demais,

então o tempo abrirá, as flores só soltarão gostosuras pelos seus poros e a vida será infinitavamente bela, tranquila e feliz.

Pra todo o sempre.

Dedicada à minha eterna namorada Quézia, querida Tú, dividindo comigo a fuligem e aromas de tantos caminhos há mais de 20 anos.

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Oscar Silbiger
Enviado por Oscar Silbiger em 12/06/2011
Reeditado em 12/06/2011
Código do texto: T3029534
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