SALMO DOS AMANTES

Do Sol

Tomo o manto amarelo.

Da Lua

O travesseiro macio

Das estrelas

Corrente de sonhos em elo.

Na cama

Aconchego-me contigo em cio.

Brincamos

Fazendo da realidade farelo.

Permitimos

Perder-nos sem nenhum brio.

Tornamo-nos

Apenas em animal belo.

O relógio

Marca as horas em trio.

Não nos

Importa a língua tagarela.

Esquecemos

Da navalha, o fio.

Se nos

Machucarmos/ferirmos

Tomaremos bálsamo em tigela.

O único problema será acordar:

Estaremos tão só como antes estávamos,

Eu sem ti

E tu sem mim.

Teremos somente a recordação para nos consolarmos

Ou a saudade que nos reaproximará.

L.L. Bcena, 06/08/2010.

POEMA 225 – CADERNO: CHEGADA NO PORTO.

Leonardo Lisbôa
Enviado por Leonardo Lisbôa em 12/06/2011
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