Menina Fran.

Quietude mínima, guardada em frascos de ardor,

A máxima ternura translucente de brumas,

Perfume de carmim ao adormecer melancólico,

São lembranças que carrego em minha alma,

Por simplesmente você existir.

Não mas agüento simplesmente olhar,

Não consigo nem sequer encarar-me ao espelho,

Vendo-me que não sou capaz de te-la,

Ao menos por enquanto,

Farta-me de infartos de amor.

Sentir tua boca a minha tocar,

Tuas mãos deslizando em minha pele,

Fez-me sentir livre, novamente vivo,

Não sei se foi de verdade,

Não sei se a vontade era tanta quanto apresentava,

Apenas deliciei-me de beijos e abraços,

Pude sentir o momento que muito esperava,

Bastante acreditava,

Mas quão bom não imaginava.

Talvez me faltasse apenas isso,

Tua pele quente a minha,

Tua boca seca pela a minha,

Para sentir-me novamente vivo para acreditar ,

Que a sabedoria nos engrandece enquanto homem,

Mas nos apodrece enquanto ser humano.

Através de teus olhos, de teus beijos, de tua pele,

Pude ver que o mundo ainda és belo,

Que as vontades incontroláveis ainda existem,

Que poetas não apenas escrevem,

E que o tempo forma convicções.

Enfim.

Enxerga-me.

Thiago Soares
Enviado por Thiago Soares em 14/06/2011
Reeditado em 14/06/2011
Código do texto: T3033303
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