O andarilho

Na calada da noite

Sem rumo, ao relento.

Segue o andarilho

Tropeças em pedras

Mumuras errantes

Corta-lhe a mão a lata vazia,

Chora a dor com o silêncio

Caminha na noite

No mau cheiro de suas veste, pousa a mariposa.

E o andarilho sopra-lhe um bafo amargo.

A lua às vezes te acompanha

Às vezes te abandona

E assim vai ele

Sem lar, sem riso, sem lida.

Sem rumo, sem nada.

Na triste aparência mostrada

Esconde um sonho, abafa um choro.

Lembrando da amada.

Lúcia Castro
Enviado por Lúcia Castro em 14/06/2011
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