Amor contemporâneo
A gente se conheceu
Meio assim por acaso
Tentando fugir cada um de si
A gente trocou aquele olhar
Que não quer, mas já que sabe o que virá
Sem compromisso sem prazo
Apenas nos encontramos escondido
Você bate a minha porta e eu te deixo entrar
Depois do amor consumado
Você vai e não tenho coragem de pedir pra ficar
Na rua os olhares que não querem se encontrar
O corpo travado
Com medo de demonstrar o que quer que seja
No peito a vontade de libertar
Mas a boca nega
Na mesma intensidade em que deseja chamar
Sem datas comemorativas
Sem presentes de dia dos namorados
Sem ombro pra consolar
E é melhor assim
Amor de dois
Sem depois
Se rolar, baterá na minha porta uma vez mais
Se não,
Não há consolo pra tristeza
Porque ela nunca existiu