Amor contemporâneo

A gente se conheceu

Meio assim por acaso

Tentando fugir cada um de si

A gente trocou aquele olhar

Que não quer, mas já que sabe o que virá

Sem compromisso sem prazo

Apenas nos encontramos escondido

Você bate a minha porta e eu te deixo entrar

Depois do amor consumado

Você vai e não tenho coragem de pedir pra ficar

Na rua os olhares que não querem se encontrar

O corpo travado

Com medo de demonstrar o que quer que seja

No peito a vontade de libertar

Mas a boca nega

Na mesma intensidade em que deseja chamar

Sem datas comemorativas

Sem presentes de dia dos namorados

Sem ombro pra consolar

E é melhor assim

Amor de dois

Sem depois

Se rolar, baterá na minha porta uma vez mais

Se não,

Não há consolo pra tristeza

Porque ela nunca existiu

Eliézer Santos
Enviado por Eliézer Santos em 15/06/2011
Código do texto: T3037493
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