Adeus

Venha, oh bendito dilúvio!

Traga-me logo a tenra morte!

Caia, oh perversa tempestade!

Rasgue meu peito, oh fogosos raios!

Apague por favor, as luzes da estrelas!

Não deixe que o sol exponha teu fulgor!

Não cante, oh pássaros tua doce melodia!

Não seja refrescante, oh brisa matinal!

Não sorriem! Não quero alegria!

Não existe motivo para ninguém ficar alegre.

Quero dor, tristeza,...Sofrimento.

Que estas palavras sejam duras e escuras

Para que não se forme um soneto

Com a ingrata missão de dizer “Adeus”!

Paulo Rodrigues
Enviado por Paulo Rodrigues em 17/06/2011
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