Caminhos Cruzados
Na ladeira de seus pensamentos, andava só pela manhã vadia
O sol cerceava seus cabelos e, melindrosa, ela sorria
O príncipe, sagaz e destemido, seguia em sua carruagem de metal
Mas quando seus caminhos se cruzaram,
Foi pego em uma armadinha fatal
A bela índia de andar compassado e olhar furtivo
Encantou o jovem guerreiro e, de seu amor, o fez cativo
Por noites afora, seus lábios se encontraram,
Suas mãos se entrelaçaram, seus corpos comungaram
E se perderam em risos, palavras doces, olhares tolos e regozijos
Até que um dia, quando a noite caia ligeira, sob a lua soberana
Fizeram juras para a vida inteira
E então, perante Deus e seus queridos, o amor se fez presente
Unindo as almas dos prometidos
Há já um mês, para todo o sempre.