Universo em Desencanto

Eis-me aqui como pequena e frágil criatura,

Aquela que tu levastes às alturas,

Mas que depois deixastes esquecida,

A menina que se vulgarizou em mulher-bandida...

Por ti fui além das estrelas para te tocar,

Me permiti as maneiras devassas de amar,

Disfarcei meus medos, expus meus segredos,

Me tornei mais uma a escorregar por teus dedos...

Minha boca beijou a tua de maneira liberta,

Deixei pra ti todas portas e janelas abertas,

Entrou no meu corpo, tocou minha alma virgem,

E deixou-me sem mais porque em plena vertigem...

Estou aqui ainda perdida,

Ainda ousas chamar-me de tua querida...

Meu corpo corrompido e em pranto,

No teu céu os destroços do meu universo em desencanto...

Mary Rezende
Enviado por Mary Rezende em 21/06/2011
Reeditado em 21/06/2011
Código do texto: T3049281
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