O VERMELHO DO SANGUE

Sangue vermelho,

Da alma o espelho,

Corre e volta

Como bumerangue

Dentro de nós.

Sangue vermelho,

Faz-nos plebeu

Por despertar em nós

O amor que não valeu.

Sangue vermelho,

Ligeiro como coelho,

Torna-nos diante da vida.

Sangue vermelho,

Aquece o peito

E esquenta o espírito.

Neste seu correr,

Indo e vindo,

Faz-nos sentir o amor

Que nem sempre

É correspondido.

De tanto ir e vir,

Cansa o coração

Fazendo a vida

Ser breve e passageira.

Em todo momento

Desperta em nós a paixão

(o vermelho do sangue)

Que aquece, seja lá

O peito ou o espírito,

Permitindo o constante amar

Que a todos encanta

E nos faz cantar.

Sangue vermelho,

Que um dia,

Por tanto correr e voltar,

Deixa-nos cansado

E nos transformará

Em verme de tanto

Vermelho ser o sangue

Da paixão que conduz ao amor.

L.L. Bcena, 08/11/1999

POEMA 183 – CADERNO: O DESABROCHAR DA VIDA.

Nardo Leo Lisbôa
Enviado por Nardo Leo Lisbôa em 23/06/2011
Código do texto: T3052787
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