Fim

Tão somente fim, não sei se

De caso, da vida... ou de mim...

Sonhos tantos, jogados ao léu,

Peito atingido por um estopim...

Lágrimas, só as lágrimas

Podem traduzir a dor infinda.

O vazio, é um cruel gigante,

Cutucando a dolorida ferida...

As belas frases, o aconchego,

São agora, apenas lembranças.

Contradições que chicoteiam

Meu coração bobo... criança...

Fim de sonho, fim da esperança...

A palavra não poderá ser apagada.

Nunca mais minhas mãos nas suas...

Só passos se perdendo na estrada...

Fim meu amor, é o fim, nosso fim.

Mas minha voz falará no silêncio....

Na sua fria e mal dormida noite, do

Nosso amor e terno envolvimento...

No corpo levo mil estilhaços...

Olhar baço, anuviado, perdido...

Por pouco, quase nada, nada...

Perdemos o sonho, o paraíso...

Adeus amor meu, estou indo...

Voltando nas minhas pegadas...

Deixo de presente meu coração,

Para suas solitárias madrugadas.

Mary Trujillo
Enviado por Mary Trujillo em 03/07/2005
Código do texto: T30536
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