Os olhos teus
Aqueles que me guiaram a uma imensidão de infinita paz;
Num exuberante azul eu me liberto.
Quebrei minhas correntes e minha alma pôde enfim voar...
A planar perante um calmo e vasto verde,
A gozar da minha liberdade...
A minha alma se perde... e o verde,
Fica escuro... a paz, desaparece...
Nessa escuridão inquieta eu me amedronto
Ao conhecer a solidão...
Me deparo com a morte de tudo que acredito,
Com o frio de uma lembrança...
A lembrança daquela liberdade que nunca existiu;
Porque minha alma se libertou mas meu coração...
Meu coração continua acorrentado...
Correntes essas que esmagam meu coração,
Que implodem meus sonhos e o único sentimento que me resta
Perante o gosto amargo do abismo, é a esperança...
A esperança de um dia poder sentir novamente aquela paz
Que sentias quando olhava o teu sorriso,
A calma que só a tua voz me fazia ter e acima de tudo
A vontade de viver, para enfim poder te ter comigo...