Os olhos teus

Aqueles que me guiaram a uma imensidão de infinita paz;

Num exuberante azul eu me liberto.

Quebrei minhas correntes e minha alma pôde enfim voar...

A planar perante um calmo e vasto verde,

A gozar da minha liberdade...

A minha alma se perde... e o verde,

Fica escuro... a paz, desaparece...

Nessa escuridão inquieta eu me amedronto

Ao conhecer a solidão...

Me deparo com a morte de tudo que acredito,

Com o frio de uma lembrança...

A lembrança daquela liberdade que nunca existiu;

Porque minha alma se libertou mas meu coração...

Meu coração continua acorrentado...

Correntes essas que esmagam meu coração,

Que implodem meus sonhos e o único sentimento que me resta

Perante o gosto amargo do abismo, é a esperança...

A esperança de um dia poder sentir novamente aquela paz

Que sentias quando olhava o teu sorriso,

A calma que só a tua voz me fazia ter e acima de tudo

A vontade de viver, para enfim poder te ter comigo...

Marcelo Luis Moreira
Enviado por Marcelo Luis Moreira em 03/07/2011
Código do texto: T3073697
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