DE AMOR SÃO MEUS DIAS

De esperança são feitos os meus parcos dias,

de te abraçar, quando à porta tu me ouvias…

e numa comunhão profunda, te enalteço,

que de tuas lindas qualidades, eu não esqueço.

Minha musa amada, que os meus versos cinges,

de comentá-los, ao teu gesto, não finges…

ondas do mar, que enrolam na areia,

trazem-me aos ouvidos, o belo canto de uma sereia.

Sublime tu és, quando no alto céu brilha o sol,

e nas paredes de tua casa, apenas e só um girassol…

que de nobreza é feito o teu indómito ser,

como as flores de um jardim, continuando a crescer.

E nas manhãs, vestindo orvalho, vejo o teu rosto,

de pele suave e reluzente, doce que nem mosto…

cisnes que no lago se vão enamorando,

uns aos outros, nadando, se estão procurando.

De orquídeas e de seda, translúcida, te visto,

e caminhando para mim, languidamente, eu insisto…

e ao longe as praias, recebem a maré,

trazendo galgos de espuma, algas, da orla o rodapé.

E neste nosso silêncio, que se deve ao respeito,

acolho-te, febril e ansioso, no meu peito…

douram as dunas, do sol o estertor,

e eu, caminhando pra ti, vou ao encontro do teu amor.

Jorge Humberto

06/07/11

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 06/07/2011
Código do texto: T3078816
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