A um amor que tem cor marrom
Por todo o inusitado amor
que nasceu em mim e abracei-o
nasceu em ti...e negaste
e que nos aproximou mesmo assim
numa mágica imagem
que vimos e nos encantou
O sorriso de cada um a vibrar
formou-se emblemático a registrar
em nossas mentes a fisionomia incomum
de uma mameluca e um cafuso
Ao ver-te, uma serena vontade,
brotou-me, ansiosa na querença
de ir ao teu encontro
porque me esperavas ansioso,
guardavas-te da festa da carne
sem saber para mim, sem perceber
que seríamos um para o outro
para todo sempre de nossas vidas
De meu peito mais forte,
deu-se as batidas cardíacas
Suspirei ao te tocar os ombros,
mas altiva como sou, não deixei,
observar-me em tão impetuosa alegria
Voce, oh! meu amor, acelerou-me
toda, seu ser, meus neurônios ritmou
A cor marrom que trazes
e olhar cor de mel, encandeiaram-me
Vivo agora, a te suspirar ao fechar meu olhar
Copio-te para não te perder de vista
e o colo na minha mente numa cibernese
Teu ser invade todo meu ser
numa forma abrupta e serena
porque amo-te singela, mansa e prudente,
pois que não tenho os anos da formosura
Vivo a premente e idônea maturidade
Penso que é melhor assim, viver
cada dia de uma vez sem contar
com a manhã seguinte da incerteza
És amor, não és fortuito, sinto-te em mim
seu cheiro, sua voz, seu toque...
Tudo flameja meu viril corpo que corresponde
a sua sinuosa e máscula força hominal
Sou sua antes mesmo de seres meu
Sua imagem habitava outrora os pensamentos
Voce, a não perceber-se envolvido por mim,
pensava talvez preterir - o amor,
todavia o amor, não vence-se fácil,anuncia-se
A sua cor, agora, me apodera de ti
Sou sua, mas és mais meu do que nunca
pudeste ser de uma outra e qualquer mulher
por simplesmente, amar-te, amor da minha vida
Wilsa Cardoso