Olhos Vermelhos
Almas presas,
transpiram liberdade,
mas estão acorrentadas.
Olhos vermelhos
de terror angustiados
nomeando a vergonha e o pudor
quais?
Corpo encoberto de cinzas,
que outrora foram brasas,
já não o são.
Pulso sem vida
com sangue pulsando pra ser arrebatado,
só não sabe quando.
Coração frenético
buscando a brisa
que jamais contemplou nessa vida ao fim...
Boca amargando
veneno fatal, implorando
por uma fonte
com única gota de água.
Suspiros vagam no espaço
anseando encontrar um rumo,
mas falham.
Angústia, solidão,
medo a flor da pele
brotam sem fim,morrem
e ressucitam, aqui.
Almas presas, paixão veloz,
encontros e desencontros,
sem conhecer a si.
Amor preso sem chances de florescer,
vida morta, rumo não há.
Correntes de pecado
e paixão,
almas em trevas,
imploram amor, tímidas.
Calor desenfreado, chamas,
labaredas enfraquecidas,
o ópio da vida, por tempo
ainda são cinzas enfraquecidas...