MINHA MENINA

Menina dos olhos verdes

Que ao pé da serra nasceu...

A minha saudade

É brisa perfumada

Que um dia se perdeu

Pelos campos a errar,

Olha menina;

Minha saudade

Também é criança!

E nos seus cabelos

Todas as tardes

Vai brincar.

Noite na serra?

É escura! Tão escura!!

Vento na serra?

É gelado! Tão gelado!!

Menina os seus olhos

São estrelas guias

Para os pés cansados

Desse pobre caminheiro

Que geme e chora

Da saudade essa dor,

São duas fogueiras

Ardendo em promessas

De poesias e versos

Na alma desse poeta,

São promessas de calor;

Braços, abraços... Bocas e beijos...

São promessas de amor.

A minha saudade

Tem sabor do desejo

Amargando no coração,

E nem que a boca

Pudesse provar

De uma ilusão

O mais doce mel,

Dela jamais se poderia

Um dia arrancar

O amargo fel

De uma desilusão.

Quem tiver amores perdidos

Venha ouvir minha canção,

Quem tiver sonhos desfeitos

Venha chorar nos ombros

Desse pobre poeta

Que também sobre e chora

A dor de uma paixão.

Menina o seu olhar

Prometia tanto amor!

Prometia tanta paixão!

Mas foi somente isso;

Promessas feitas em vão.

Abner poeta
Enviado por Abner poeta em 09/07/2011
Reeditado em 12/07/2011
Código do texto: T3084356