madrugadas de cerração

quando o sereno escorre da mantanha

enche a campina de brancor...

paira, plana, pousa em silencio

na pele ferida de torpor

noite já se foi...é madrugada

dia não chegou...quem sabe brota

sol, quem sabe rasgue o véu de linho

que se estendeu no horizonte

pousa na corola de uma flor

cai na relva e tudo refresca

nos braços teus acho calor

e nos seus lábios doce licor.

*p jujumary, numa noite fria