UM CONTO DE AMOR.

Um conto de amor.

Os campos em que eu passei, desbravei honrosa e arduamente, á buscar o amor de minha alma. Eis que neles lutas que eu travei, sangue meu que por ali derramei, recobriram a relva com mais forte vermelho, cor da paixão indicio do amor.

E a cada gota que de meus pulsos caia a relva de vida se enchia, formando um quadro de vida tão viva, tão cheia de cor, a respirar meu amor que pelo ar flutuava leve e alvo como pluma a cair do céu.

E eu cavaleiro armado, pelos bons sentimentos, com meu rosto ao relento desembainhei minha espada de letras formada e me fui, esperançoso de que ali adiante você estaria, e me esperar.

Não esperava por tanto que na primeira pedra, eu tão astuto pudesse cair. Mas olhei aos céus vi tua face entre as nuvens e raios de sol e veemente me ergui sem medo pus-me a continuar a buscar-te, entre as mais derradeiras curvas que um dia sonhei caminhar. A segunda pedra agora maior que a primeira surgiu, e com ela meu entusiasmo sumiu. E quase pensei em parar.

Mas em meu peito uma força dizia que eu devia me levantar, que mais próximo eu estaria e ali não me deveria calar. Assim fiz já um tanto enfraquecido, um tanto machucado pelas quedas que foram demasiadamente bruscas, arranhado todo meu corpo e dilacerando em minha alma a esperança que nela habitava.

Não houve uma terceira pedra, mas eis que em minha frente um labirinto de espinhos formado, com caminhos estreitos, os quais teria eu de vencer. Espinhos estes carregados com um torpe veneno que faziam brilhar suas pontas a cair o liquido mortal. Tive tanto medo naquele momento, mas era o meu grande amor a me esperar ao outro lado do labirinto. Não pude parar e ainda que arriscando-me a gozar da dor eterna lancei-me ao labirinto que por vezes cortou-me o corpo e face, mas não atingiu minha alma em momento algum.

Já no final de minhas forças avistei a saída, e por ela tua tão sublime face, brilhava em um tão lindo cenário, contraposto pelo verde dos campos e os raios de sol, que abrilhantavam tua presença naquele lugar.

Sem força sai do labirinto, corri aos teus braços e neles lancei-me para não mais sair, e calei-me. Enfraquecendo a cada minuto nos teus olhos olhei e pela ultima vez os teus lábios senti a tocar os meus.

Então fui-me eternamente dormir, ao cerrar de meus olhos enquanto ali tu ficavas ciente do quanto te amo, do quanto te amei.

A missão do nobre cavaleiro havia se concluído com êxito, não tão feliz como em um conto de fadas, mas daqui onde estou pude ver feliz o meu grande amor, sabendo que de verdade amei e que certamente continuo a amar. Um dia quem sabe juntos estaremos ainda para vencermos juntos uma outra batalha, e na eternidade nos possamos amar.

thiago tadeu
Enviado por thiago tadeu em 13/07/2011
Código do texto: T3092682
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