SERENATA AO AMOR...
SERENATA AO AMOR...
Amor, donde estas que não vejo, mas sinto,
Sinto teu aroma e sabor a me penetrar,
Sinto como razão de viver eu não minto,
Sinto forte no peito pulsar,
E em minhas mãos indispostas pelo tremor,
Sinto-te podendo apalpar, mas não te vejo,
Quem tu és, o que és que tu és amor?
Que talvez não conheça, mas que tanto desejo,
Invadindo-me a alma em um só relampejo,
Inquietando-me, deixando-me a flutuar,
Quem tu és que vorazmente almejo,
E que não consigo te deixar de cantar,
Fica de fronte aos meus olhos, e fala-me,
Ponha-te a dizer uma palavra que eu possa escutar,
Algo que me faça entender, e acalma-me,
E deita-me, sobre em ti, para meu regozijar,
Responda-me, amor que eu tanto amo,
O que faço eu para aqui eu lhe ter,
Pelo passar do tempo, pelo vencer de um ano,
Diga-me uma maneira de não mais lhe perder,
Amor, amor, meu amor ouça-me agora,
Ouça meus versos, que pra ti eu declamo,
Ouça-me feliz como ouviu em outrora,
A dizer-te doces palavras, a dizer que te amo,
E volta também a dirigir minha vida,
Toma então conta das minhas veredas,
Traga-me das lembranças a mais atrevida,
E aquece-me a vida, a pondo em labaredas,
Toma-me em tuas chamas ardentes,
E me faz delirar,
Prende-me em teus sinais inconcludentes,
E que tuas historias possa ainda mais eu contar...