ÁCIDO PURO

Olha pra mim agora,

não aceito essa sua cara

que me devora

já faz uma eternidade.

Encosta seu corpo no meu por um instante...

mais rápido, levante

e deixe pra mim

a saudade!

Não fale

o que não sente

minha alma

já não se ressente

sou apenas mais um,

já me acostumei.

Sai da minha vida

eu te imploro

no meu corpo

já nem moro...

onde estou?

Bem, já não sei.

Se passar

por aquela porta...

Passe, nada mais importa,

pelo menos não pra mim.

Meus olhos choram

Ácido Puro,

na minha face

o incerto futuro,

mostra o começo

do fim.

Vá para os braços

de outro alguém,

entendo, pra você

não sou ninguém,

sei que se quer existo.

Deixa eu sou um fraco forte

e se meu azar for sorte

adiante desisto!

Donatello Abrantes
Enviado por Donatello Abrantes em 06/12/2006
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