QUANDO TE ENCONTREI

Lavo minhas mãos desse concreto

Não o quero nem seu cais

Por dentro sou mesmo

Um homem que vai

Decerto

Aprendendo a colher coisas da vida

Nem menos nem mais...

Um olhar que dos teus olhos cai

E que paira diante da minha face

A graça do amor em mim nasce

Ensina-me lições e o bem me traz...

Apanho o lenço bordado

Como se fôssemos de outro tempo

Apanho os passos

Que deixas ao sabor do vento...

Ao segurar minha mão

Por um instante me tiras do chão

E flutuo entre estrelas

Ah...se soubesses como é bom vê-la

Te emprestaria meu olhar

Para que pudesses ver

O que vejo ao te encontrar

O mar abraçando a quente areia

Que se entrega sob um doce luar...

Eu que procurei sentido pelas esquinas do mundo

E nelas nada pude achar

Fui apanhado por esse sentimento profundo

Quando deixaste meu amor te encontrar.