REMANESCENTE
Sou como água remanescente,
de um rio sem afluente,
que desliza desmargeado,
guiando-se pela corrente!
De tanto ser represado,
pelas dores do peito calado,
vivendo dorosamente,
a clausura do amor negado.
Sou assim, como a água,
de um rio sem afluente,
que desliza desmargeado,
feito lágrima que humedece,
o rosto sofrido, apaixonado!