O Melhor do Amor

Eu queria que soubesse que saudade sinto,

Que meu pranto desce pela face como um rio,

Que a alma que se lava, sente o gosto tinto,

Que teu amor em meu peito fez plantio!

Eu queria que soubesse que a dor abraça,

Que minh'alma que queima vira brasa,

Que do pó vou bailar como vento e fumaça,

Que em meus olhos têm jardins na parte rasa!

Ah, como queria que soubesse destes jardins,

Dos lírios que não são delírios dentro de mim,

São sementes que germinaram em meus rins,

São laços brindados com vinho, fez tim-tim!

Eu queria que soubesse que paciência tenho,

Que num leito há um homem grisalho,

Que tudo que plantamos se transforma no engenho,

Se a árvore for verdadeira, nasce frutos em seus galhos!

Eu queria que soubesse que não encontro fim pra poesia,

Que de mim terá sempre o que tu sabes que de outro não teve!

Da tua vida, me deste toda a biografia,

Vou guardá-la na minh'alma que dorme em bruma leve!

Pergentino Júnior
Enviado por Pergentino Júnior em 31/07/2011
Reeditado em 12/08/2018
Código do texto: T3130403
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