SOBRE O AMOR

Do amor, pouco falo,

pois dele, pouco sei.

Às vezes até me calo

Silenciando-me para lhe ouvir a voz.

Tento, não me opor às suas leis.

Concordar-me com as regras do teu jogo.

Deixar-me envolver

com o calor do teu fogo.

Ser um súdito fiel

às ordens deste rei.

Permito me ainda,

que o amor venha:

conduzir-me,

ensinar-me,

iluminar-me

e reluzir

seu brilho

de clara luz.

E, assim tentar

compreendê-lo,

como imagens de um espelho

refletindo seu mundo em mim.

E, mais próximo:

tê-lo

vê-lo

e sê-lo.

Assim, compreendê-lo:

em cada intervalo,

em cada finito,

em cada resvalo,

em cada sentido.

E assim, tornar-me parte:

da existência,

da vida,

da essência,

da missão cumprida

com zelo e amor.

Julimar Antônio Vianna
Enviado por Julimar Antônio Vianna em 10/12/2006
Reeditado em 30/07/2008
Código do texto: T314239