SOBRE O AMOR
Do amor, pouco falo,
pois dele, pouco sei.
Às vezes até me calo
Silenciando-me para lhe ouvir a voz.
Tento, não me opor às suas leis.
Concordar-me com as regras do teu jogo.
Deixar-me envolver
com o calor do teu fogo.
Ser um súdito fiel
às ordens deste rei.
Permito me ainda,
que o amor venha:
conduzir-me,
ensinar-me,
iluminar-me
e reluzir
seu brilho
de clara luz.
E, assim tentar
compreendê-lo,
como imagens de um espelho
refletindo seu mundo em mim.
E, mais próximo:
tê-lo
vê-lo
e sê-lo.
Assim, compreendê-lo:
em cada intervalo,
em cada finito,
em cada resvalo,
em cada sentido.
E assim, tornar-me parte:
da existência,
da vida,
da essência,
da missão cumprida
com zelo e amor.