NASCIDOS PARA SERMOS EM NÓS AMOR

Corre serenamente o rio para a sua foz,

leva meus olhos por sobre as águas,

e em desenhos esmiuçados, nas nuvens,

cinzelo o teu rosto, da cor do mármore.

Todas as tardes presta-se a acalentar

o meu desassossego, em sorrisos francos

e rasgados, como o sol, quando aparece,

vindo de lá da linha do vasto horizonte.

Caminhas para mim hierática e segura,

e pegando-me nas mãos, dizes-me de teu amor,

tão sincero como uma flor, acabada de nascer,

no regaço abrangente de teu colo, feminino.

E entre abraços, beijos e inconfidências,

unos somos, para toda a eternidade,

levando a palavra amar, até aos confins

de nossos sentimentos, mais espontâneos.

E somos felizes assim, que terna é a candura,

que nos envolve, no mais alto de todas as alturas.

- E nos montes circundantes, o eco de nossas vozes,

que em perfeito uníssono, se perpetua.

Jorge Humberto

06/08/11

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 06/08/2011
Código do texto: T3143107
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.