SENTIMENTOS

O Teu andar desassossegado é um réptil

Enleando-se na minha imaginação.

Ardo em labaredas de delírio

Estrangulado por desejos decepados.

As curtas margens do teu corpo são insónias

Noites inteiras palmilhando rios de coragem

Morro aos poucos em cada dia que vives!

Numa agonia gélida e intemporal.

Tendo adivinhar nos soluços o teu retrato

Imaterial e ténue, esvaindo-se em nada

Às lágrimas acomodam-se na minha tristeza!

O meu pranto esgueira-se no vazio da tua ausência.

Amar é vegetar entre os arraiais da loucura.

Esmagado pelo peso da tua presença

Desfaço-me! Torço a raiva recalcada

Com lacónicos abandonos e consumição.

Josalvespt
Enviado por Josalvespt em 08/08/2011
Código do texto: T3146473
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