Por tanto te amar

Oh! Dor que me causas e bem sabes

Que me fere a alma em chagas tão abertas

Que desfalece o corpo em mais forte agonia

Que mãe, ao ver do filho, a perda da alegria

Em prantos aos teus pés e de joelhos

Mais que te implorei, te jurei a própia vida,

Para te me fiz servo igual a cão passivo

Que do dono apanha mas o ama e é cativo

Sobre espinhos andaria e tu no colo

A proteger-te com a vida se preciso

Que jorrasse meu sangue lento ao tempo

A suspeitar que terias um segundo de tormento

Que absurdo existirá no mundo a teu agrado

Que impossivel me fosse contentar-te?

Estrelas buscaria e até a morte de bom grado

Aceitaria... simplesmente por amar-te

E se, no tempo, a vida assim me permitisse

Mil anos de pranto copioso em minha face

Por apenas um segundo mais intenso que a vida

Me permitisses que tua fronte eu beijasse

E se no mundo há o que teus olhos não possam ver

E se por ironia, os meus, a isso possam olhar

E se queres tanto, feliz assim me farias

Arranca os meus. Vê ... e me dá essa alegria

Que queres que te diga? Que te faça e te contente?

Pede. Que impossível a quem ama não existe

Se por muito a fezer-te achares pouco minha lida

Me toma. Que por mim, pra te, é pouco a própria vida.

jose joao da cruz filho
Enviado por jose joao da cruz filho em 10/08/2011
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