TRAGA-ME A MIM

Há tempos que procuro-me na vastidão de tuas direções

Tentando reencontrar as sensações que me devolvem a mim mesmo

Enquanto cidadão do esmo, eu tenho sido algo vazio nas imensidões

Repleto de tuas contemplações, encorajado apenas pelo medo!

Medo de todas os fracassos que me tornaram esse triunfante

Do indício insinuante que me flagra inserido em tua essência

Medo da demência e seu efeito que me faz gigante

Razão porque de mim estou distante, posto que atado à tua presença!

E quem eu sou, se me procuro desde agora?

Sou apenas o que restou do que já fui por fora e um total diminuído

Um pólen perdido nos mistérios da mais linda flora

Cuja prisão me ignora, ao passo que a si mesmo já me tem prendido!

Que seja, pois, levado pelo vento dos apelos o meu protesto

Pois esse homem que hoje manifesto, não é nunca foi quem sou

Devolva com urgência e fervor o que de mim se vai além do resto

Porque pra ser honesto, já fui roubado e a ti levado pelo amor!

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Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 12/08/2011
Reeditado em 12/08/2011
Código do texto: T3155579
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