ESSAS MÃOS QUE A LUTAR NÃO DIZEM NÃO

Essas mãos, que a lutar não dizem não,

capricho da terra, que foi semeada,

pelo suor e pela dádiva, que não se conforma,

do chão fazem brotar, o fruto enriquecido.

São mãos calejadas, pelo austero trabalho,

que da enxada fazem a sua nobre arte,

enfrentando o cansaço, da lida do dia-a-dia,

com toda a entrega de uma partilha divina.

Essas mãos, que pelo amor, se fazem régias,

acariciando quando a angústia se atreve,

aos mais desprotegidos, de reais carências,

que pelo seu aconchego, encontram a liberdade.

Mãos honrosas, cientes de um dever cumprido,

descansam agora, em bancos de jardins,

onde velhinhas, aos filhos passam testemunho,

e mãos nas mãos, em suave toque se definem.

Jorge Humberto

12/08/11

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 12/08/2011
Código do texto: T3155808
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