Amor Senil... ou como quiser chamar

E de repente surge o amor!

Curioso essa coisa de amar...

Ele gosta, ela ama.

Ele escreve sobre ela;

Ela pinta para ele.

LOUCURA

Seria cômico se não fosse trágico

Esse amor de criaturas

Esse amor de criadores

Autógrafos, sorrisos, fãs

Ele bebe, ela chora

Mas temporariamente...

Logo vem a glória cobiçada

A glória estimada,

E daí para frente tudo seriam palavras...

Seriam!

Novos corpos, outras almas

O beijo ardente da boca carente

O astro que titubeia

E a louca fã que o beija

Nesse ponto, até quem está de fora se apaixona

Pelo corpo suado, beijado

Pela boca caliente.

As cenas que se seguem são muito bem qualificadas

Como pornografia adaptada.

Aquela que não se vê,

Mas que dá pra sentir a insanidade do amor.

Acabo de perceber que as palavras

Insanidade e amor ficam muito bem juntas.

Quem, se não um louco,

Amaria tanto outro alguém que não fosse seu próprio ego?

Surge a pergunta:

Devo ou não amar-te criatura?

Já não consigo decidir.

Nada fixa-se em meu cérebro...

Indisponível, ocupado.

Andarei fora um tempo.

Por favor, deixe recado!

Jean Michel
Enviado por Jean Michel em 13/08/2011
Código do texto: T3157523
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