Morrer não é fim

Morrer não é o fim

Jogado na rua pelos seus sentimentos vazios,

Vendo meu dilema como uma pipa no fio,

Fico parado vendo uma novela chata em sem sentido.

O que te levou a tomar essa decisão?

A musa dos meus versos que foi embora sem razão,

Deixando a porra do meu coração partido.

Ser ver o amor visitar minha casa,

Navego os oceanos nessa barca furada,

Desenhando verdades na embriaguez.

Escutando falsa consideração,

Esculpindo as pedras do meu coração,

Só rimar eu vou usar estupidez.

E depois de começar esse poema nojento,

Vejo os vermes devorarem por dentro

O pouco sentimentalismo que ainda existe em mim.

Eu vou ao espelho e olho minha rosa perdida,

Numa face poética e fudida,

Que sabe que morrer não é o fim.

Eriberto Henrique 20-08-2011

Eriberto Henrique
Enviado por Eriberto Henrique em 20/08/2011
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