QUEM ME AMARIA?

Quem pode ser capaz de avistar todo contorno invisível de meu ser?

O meu prazer é transportar cada mistério além de mim

Pois inexisto enquanto meio e fim e não me quero ator mero a viver

Eu quero apenas ter o direito de contradizer todas as idas de quando vim!

Estou além das padronizações e não me vi até aqui produto costumeiro

De irrequieto verseiro, não me permito ir além das metas ilimitadas

Sendo coringa das cartas não marcadas, também sou lança e escudeiro

Um pensante forasteiro, refém das mais exóticas estradas!

Que agrada com punhais no peito e nunca fere com flores nas costas

Cujas evidências expostas são pouco dignas de conceituação

Que se permite a evolução das mutações sempre indispostas

Que indaga com respostas para ferir sem falsa compaixão!

Quem pode amar um homem tão flagrantemente antiterreno?

Que se acha gigante por ser pequeno, que vê beleza na feiura?

Pois na moldura que me retrata escorre a propriedade curativa do veneno

Homem que não se vê nem vendo, cujos olhos é uma jura!

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Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 23/08/2011
Código do texto: T3177120
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