Amor

Eu queria continuar sabendo

Que existem coisas que nunca saberei

Continuar na pureza de tudo

Ser criança, só

Me contentar com teu beijo pouco

Me satisfazer com a ausência e saudade

Mas hey, eu cresci

A maldade de tudo me tomou

Não sei mais a pureza de tudo

O início das coisas e onde acabam

O limite do mar... não sei

Passei a saber as coisas que não sabia

E isso aumenta o desejo de mais saber

Desejo pernicioso

Eu queria estar ociosa

E me contentar com teu beijo pouco

Com teu amor pouco

Que tão pouco faz por mim

Sem saber que muito me tem

Quanto mais eu vou, mais quero voltar

Voltar ao útero

Voltar ao antes

A alma pura e coisa e energia e sei lá que

Que já fui

Voltar a coisa pura

Não saber...

Porque o saber me mata

E me põe longe

Você me sabe tanto

E nem pode imaginar que estou cá

Na cama, me remexendo

A lágrima descendo

Querendo tanto você ao lado

Ah! Palavra não bastante!

Tenho fome do que não há

Tenho ganas de dizer palavra que não existe

Mas que me expressaria bem

A tal palavra que não existe

E que se aproxima do que você é

D que eu sou

Do que somos juntos, meu bem:

Amor.

Rebeca Mello
Enviado por Rebeca Mello em 23/08/2011
Código do texto: T3178378
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