O MOMENTO CERTO

Digo, que ainda não.

Se não me deste o sim

do porquê e então

tudo começou assim:

quase por acaso,

mera-coincidência,

por vias das circunstâncias,

proporcionaram um caso.

Foi como um velho som

que há muito não se ouvia

e que eu não saberia

cantá-lo em outro tom.

É como uma canção pra cima

que a gente sempre ouve

e quase nunca soube,

fosse ela a nossa rima.

Digo, que ainda não.

Se, ainda, há o talvez

ou quem sabe então,

nos caberá nova vez

em mais um encontro

que nos aproxime

um ao outro

e nos ensine

a sermos

a que somos:

a soma de tudo

a que não fomos.

Julimar Antônio Vianna
Enviado por Julimar Antônio Vianna em 16/12/2006
Reeditado em 30/07/2008
Código do texto: T320017