O MOMENTO CERTO
Digo, que ainda não.
Se não me deste o sim
do porquê e então
tudo começou assim:
quase por acaso,
mera-coincidência,
por vias das circunstâncias,
proporcionaram um caso.
Foi como um velho som
que há muito não se ouvia
e que eu não saberia
cantá-lo em outro tom.
É como uma canção pra cima
que a gente sempre ouve
e quase nunca soube,
fosse ela a nossa rima.
Digo, que ainda não.
Se, ainda, há o talvez
ou quem sabe então,
nos caberá nova vez
em mais um encontro
que nos aproxime
um ao outro
e nos ensine
a sermos
a que somos:
a soma de tudo
a que não fomos.