QUEBRADEIRAS DE COCO

Escrito entres nuances desenhadas

Da bela fonte de inspiração

Nas mãos calejadas do machado

No ar seco no sertão

Esculpido pela natureza

Os pés de babaçu fazem a alimentação

As moças tornam-se velhas

Por trabalho e ingratidão

Na mão o balaio e o facão

Adentrando fazendas, sem permissão

Cortam as cercas e arames

Prá buscar alimentação

Sem ódio e nem rancor

Todos os dias elas vão

Cantando suas melodias

Sem ritmo, sem noção

Pegam os cocos nas alturas ou caídos no chão

Com um machado os quebram

Faz-se o mutirão

De mulheres batalhadoras

Aqui do meu sertão

Não existe pobreza, a miséria que assola

Este povo é feliz

Que mesmo na miséria, não chora.

Lúcia Castro
Enviado por Lúcia Castro em 13/09/2011
Reeditado em 16/09/2011
Código do texto: T3217467