Paráfrase de SILVA ALVARENGA, Rondó XXVIII.
Já primavera desperta-me
Quer o mundo festejar
Querida donzela
Os prazer da relva esperam-te
Querem tua carne penetrar
Pele de garça nua
Que vai ao rio de banhar
Já é primavera...
Nos braços do Cavaleiro
Solenes carinhos encontrarás
Já é primavera...
Pela estrada largamente empoeirada
Já se pode escutar o galope do varão
Que amedronta a fauna com sua voz de trovão
E faz a doce donzela suspirar
Os ombros da moça
Levar-te-ão para passear e doces pêssegos provar
Aos pêssego aveludados da amante irás ti curvar
Se ali na relva o gozo da amante não encontrar
Acharás lírios chorosos que estão a seu pranto derramar.