Fecho os olhos

Fecho os olhos, vejo o claro e o escuro.

Recosto a cabeça na mesa,

Lembro do amor mais puro.

Penso numa frase coesa, lembro da gente sentados no muro.

A minha mão empunhando a caneta no papel

Com leve firmeza,

Água escorrendo da face como escorre de copo com furo.

O espelho separando o feio da beleza.

A vivência cadente,

O amanhã se parece com o hoje.

Quem diria?

Quem preveria?

Palavras habitando folhas,

Criando mundos paralelos

Na onipresença do que é conhecido.

Rituais simples que nos diferenciam.

Chuva que escorre, vento que passa,

Noite que sibila o breu...

Um abraço do dia unindo os sentimentos.

Que quereres realmente cabe aqui?

Não suponho outras percepções,

Não afloram nascentes do chão.

O vazio está no desuso e no coração (?)....

O abismo se distancia,

Naquela noite se as bocas se unissem,

O que realmente aconteceria?

Haveria concordância no mesmo sentir?

Qual elo de agora em diante vai surgir?

Sandra Vaz de Faria
Enviado por Sandra Vaz de Faria em 18/09/2011
Código do texto: T3227460
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