Essa menina...
Vem com sua suavidade feminina.
Nessa tarde de outono tão fria,
me fazendo caminhar trôpego,sob à luz do dia.
Tem uma sensibilidade torturante.
Quando a todo o instante,
me ensina,
os delicados labirintos,
que sempre percorro faminto,
de suas estações crepitantes ,
seus risos breves também,
com todos os timbres profundos ou leves,
que ao nosso sonho convém.
Não sei será o céu ou o inferno.
Sei apenas que quero
demais da conta
Estar com ela,deixá-la tonta,
Ouvindo um solo de sax na viela,
ou,no mínimo,
estando por perto,
à céu aberto,
Nas artérias do delírio;
com um desejo genuíno;
tocarmos em grande estilo;
todos os sinos,
por toda a cidade.
Para que nada seja maior que essa simples verdade,
Aonde dois amantes se darão
E a minha artéria irrigará a dela,enquanto a dela ritmará o meu coração.