Eu, a minha dôr e a tua ausência.

Hoje,

neste momento,

eu ainda não consigo esquecer o gosto da tua boca na minha.

O gosto do teu beijo,

o cheiro dos teus cabelos e nem o aroma perfumado do teu corpo, entrelaçado e se esfregando juntinho e colado ao meu.

Penso em esquecer o nosso passado, o seu nome,

já tentei diversas vezes, mas eu ainda não consigo.

E nas noites frias, cheias de solidão,

é você quem passeia pelo meu quarto,

e na minha cama vazia,

anda nos meus pensamentos cheios de tristezas e saudades.

Gostaria de querer e dizer que não te quero mais.

Que não sinto mais a tua falta, que te odeio.

Mas ainda não posso e se dissesse agora, neste instante,

seria a mais verdadeira das minhas mentiras.

Pois esse amor imenso,

que eu ainda sinto aqui dentro do meu coração por você,

é maior que tudo na minha vida,

ainda me sufoca, ainda embaralha os meus pensamentos,

me alucina,

não me deixa viver em paz e até me leva a sonhar acordado,

muitas e muitas vêzes com você.

E depois de tanto desamor, tantas brigas, idas e vindas, depois de tantas fugas tuas para as ilusões incertas e passageiras.

Depois de tudo isso e muito mais.

E por incrível que pareça, você ainda me faz muita falta!

E para falar-te toda a minha verdade, “esquecer quem a gente ama é difícil demais”.

Mas eu vou procurar de todas as maneiras, vou tentar, vou tentar, vou tentar sim,

desesperadamente...

Aí sim, talvez seja mais fácil,

“esquecer da mulher que nunca soube me amar como eu mereço, como eu merecí!... “

Manaus, 10 de setembro de 2011.

Marcos Antonio Costa da Silva