ABANDONO
 
 
Saiste da minha vida,
da mesma forma que entraste,
aproveitando uma nesga
aberta neste pobre coração.
 
               Te foste tão de mansinho,
                sem adeus, sem um abraço,
                deixando tão aturdido,
                este poeta que chora!
 
Mas, fique certa, querida,
que sendo poeta por sina,
cuidarei para manter, sempre,
a mesma fresta entreaberta!



paulo rego
Enviado por paulo rego em 23/09/2011
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