Falso amor

Hei de fingir somente um instante

Que todo alucinante pode ser tão empolgante

Embala ao canto adrenalina vigorante

De um momento estonteante

Aquele Beijo no momento inoportuno

Aquele desejo, devaneio de amante.

De quimera inconstante e alucinante

Fez-se então voraz paixão-saturno.

E os deuses guiaram o amor

Tão sedutor, tão indevido.

Tão indeciso e inesquecível.

E fez de mim um semideus, lançar-me-ei sem mais pavor.

E dela uma semidéia, tanto poder, nenhum amor.

E acabamos, sós, imersos aos sóis, opostos, indispostos.

Isaías de Souza Pádua
Enviado por Isaías de Souza Pádua em 21/12/2006
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