CADÊ VOCÊ?
Estou aqui vagando em pensamentos
Procurando nos meus esvaimentos
O amor que achei que encontrei
O homem que na vida mais amei
A vida que eu tanto desejei
Repleta de reconhecimentos
Discreta em nossos planejamentos
Procuro sem esperança de encontrar
O tenho mas não posso acordar
E peço aos meus ânimos paciência
Buscando a solução em minha sapiência
Um misto de humanidade e ciência
Com medo de minha alma desabar
Querendo quem eu não posso contar
Desejando um abraço que não encontro
Um sorriso onde só existe pranto
E concluo que não há como curar
Quando a dor na alma se instalar
Mais que o físico possa machucar
A dor da alma é o que hoje canto
A dor sem balsamo que vos conto
É como ter uma imagem a nível real
Que é também ao mesmo tempo surreal
A síndrome de Capgras semelhante
Eu desejando que volte a ser como antes
Impaciente, carente do meu amante
Desejando nosso sonho tal e qual
Ou ao menos o seu sonho pessoal
Se a máquina do tempo existisse
Eu faria com que tudo isso sumisse
Voltaria ao dia em que o encontrei
Desfazia o que tanto desejei
Desrealizaria o sonho que realizei
Como se ele nem mesmo me visse
Retiraria as promessas de amor que disse
Voltaria a minha vida simplezinha
Talvez vazia, talvez mesquinha
Mas traria de volta sua alegria
Seu sorriso, seu dia-a-dia
O traria de volta a minha fantasia
Voltaria a meus planos de mocinha
Voltaria a ficar sozinha