CADÊ VOCÊ?

Estou aqui vagando em pensamentos

Procurando nos meus esvaimentos

O amor que achei que encontrei

O homem que na vida mais amei

A vida que eu tanto desejei

Repleta de reconhecimentos

Discreta em nossos planejamentos

Procuro sem esperança de encontrar

O tenho mas não posso acordar

E peço aos meus ânimos paciência

Buscando a solução em minha sapiência

Um misto de humanidade e ciência

Com medo de minha alma desabar

Querendo quem eu não posso contar

Desejando um abraço que não encontro

Um sorriso onde só existe pranto

E concluo que não há como curar

Quando a dor na alma se instalar

Mais que o físico possa machucar

A dor da alma é o que hoje canto

A dor sem balsamo que vos conto

É como ter uma imagem a nível real

Que é também ao mesmo tempo surreal

A síndrome de Capgras semelhante

Eu desejando que volte a ser como antes

Impaciente, carente do meu amante

Desejando nosso sonho tal e qual

Ou ao menos o seu sonho pessoal

Se a máquina do tempo existisse

Eu faria com que tudo isso sumisse

Voltaria ao dia em que o encontrei

Desfazia o que tanto desejei

Desrealizaria o sonho que realizei

Como se ele nem mesmo me visse

Retiraria as promessas de amor que disse

Voltaria a minha vida simplezinha

Talvez vazia, talvez mesquinha

Mas traria de volta sua alegria

Seu sorriso, seu dia-a-dia

O traria de volta a minha fantasia

Voltaria a meus planos de mocinha

Voltaria a ficar sozinha

Magna Eugênia
Enviado por Magna Eugênia em 27/09/2011
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