O que talvez nunca saiba dizer...

Você me pede um poema

E eu fico comovido

Com o seu olhar

E agora com o pensamento

Revolvido

Gostaria de um poema te mostrar

Mas que não fosse um poema

Assim conjeturado

Eu queria mesmo escrever

Um poema de verdade

Apenas para te satisfazer...

Mas a poesia não me vem assim

Minha inspiração

Não é empacotada...

Eu quando penso,

“Vou escrever um poema”

Geralmente não sai nada...

Mas esse teu olhar enigmático

Chama-me muito a atenção,

Talvez ele carregue amor,

Talvez ele carregue solidão,

Eu não sei dizer...

Vou ficar te devendo o poema

Que um dia vai vim a mim

Sem que eu force

Sem que você peça,

Uma poema que talvez não tenha fim...

Sim, alguns poemas não têm fim,

São como o amor

Que cabe no coração da gente

Mas sabemos que se não estivesse no coração,

Esse órgão que é maior que um continente,

Preencheria do espaço toda solidão...

Ah, quem me dera agora

Poder te dizer o que desejas ouvir!

Quem me dera pudesse saber

O que se revolve em ti!

Talvez meu coração despertasse

E eu conseguiria aqui escrever

O que no momento não sei dizer...

O que talvez nunca saiba dizer...

Sebastião Alves da Silva
Enviado por Sebastião Alves da Silva em 22/12/2006
Código do texto: T324856
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2006. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.