O bote

Carinha de anjo

Voraz a serpente

O beijo faceiro

Um bote derrepente

Mas não mais que derrepente

O prazer antecedente

Do olhar sinuoso indecente

Daquela substância solvente

A bruxa-feiticeira

Escondida na figura de sereia

O canto, a beleza ali na areia...

Transforma-me em nada, poeira.

Arte manha de escorpião

Uma dança na escuridão e derrepente: o bote

Isaías de Souza Pádua
Enviado por Isaías de Souza Pádua em 23/12/2006
Código do texto: T325851