Meu palco!
Espetáculo aberto
Sem fila de espera!
Você o desenhista barato
E Eu, meretriz de um bordel, sem cor... indolor
E logo no primeiro ato da peça chegar ela
A morte! veste sua fantasia!
Entra sem aviso prévio
Canta a canção que ninguém espera
E te levar sem dar chance de adormecer!
Arranca minhas lágrimas e meus suspiros
E pasma a platéia... que assiste a tudo!
Até mesmo teus desenhos pendurados na parede... que por questão de relevo não rasgo!
À espera que tudo não morra entre nós
Diariamente te recordarei
E com o passar dos anos a olhar seu pálido retrato
Fecharei o pano
Não haverá segundo ato!
Apenas o fim de uma trágica história
Que começou no palco
Atrás da enorme cortina vermelha
Com o ensaio de um sorriso
E a Representação de um beijo!