A noite vem de fininho

Há noite quando vem de fininho,

Trás consigo aquela triste saudade,

Que jamais me deixa sozinho,

Nas desertas ruas da cidade.

Termino por ficar esquecido num canto,

Olhando para o estrelado céu,

Procurando vê-la, linda estrela, com seu encanto.

Meus pensamentos distantes,

Minha alma jogada ao léu,

Minha querência, estar ao teu lado mesmo que por instantes.

E todo esse sentimento,

Guardado em meu peito,

Seu sorriso que não me sai do pensamento,

E você formosa como um amor perfeito.

A noite vagando pela rua deserta,

Como se vivesse doce sonho,

Minha esperança se faz incerta,

Em seu rostinho de menina, minha alegria eu ponho,

Como se fosse ele minha primeira descoberta.

Amores impossíveis !

Assim como a tristeza da saudade,

Sentimentos indivisíveis,

A constante busca pela felicidade.

Esse seu jeito carinhoso,

Acaba me fazendo ser criança novamente,

E eu como garoto manhoso,

Quisera beijá-la docemente.